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terça-feira, julho 30

Uma carta: Um quase amor


Hoje eu encontrei um caderno velho cheio de rabiscos jovens...
E eu é que pensava que não lembrava de nada, lendo pude perceber o que é amor de verdade. O que sinto é apenas preenchimento e eu tento suprir a minha falta com palavras de outros autores, modeladas com meu sentimento que carece um pouco de você. Você viu que nem seu nome sequer apareceu, a não ser pra preencher uma data onde você foi sempre um segredo. Meu coração fica magoado, e ao mesmo tempo é imóvel qualquer reação que me faça te enxergar de outro jeito, a não ser com minha frívola rejeição disfarçada de - "te quero sempre ao meu lado." Mas você me tem completamente, pois sou segura do tamanho do seu amor, talvez por insegurança tenho medo de te perder, mas isso não é sentimento. Nesse caderno só se passaram amores de verdade. Mas, você nunca esteve aqui, exceto agora. Ser amada é capaz de suprir quase todas as minhas necessidades.

_____Evelyn Dias

5 comentários:

  1. Um texto terno e direto, gostei em demasia. Parabéns e não suma por favor, beijos.

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  2. Nostalgia, essa sensação de lembrar que tudo era bem melhor e se desfez. Ficou no caderno antigo.

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  3. Oi, amiga!
    Eu não consigo vir aqui e deixar de ficar impressionado com este seu talento.
    Esse sentimento profundo, de solidão e de quase-amor, é tão grande que chega a doer só de ler...
    Um beijo e continue! :)

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  4. Um bom texto montado em doces recordações. Meu beijo.

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