Por um instante anestésica...
Pequeno pedacinho de mim, tenho pensando tanto em você. Diariamente escrevo sobre o nosso amor e o deixo gravado feito um diário junto com as figuras da minha imaginação, que insiste em querer você de todas as formas e jeitos que se dispõe existir no meu pensamento.
Sinto como se estivesse aqui, mas não é completo desde que se foi. Não sei se ainda existe um pouco de mim em você, pois tenho a impressão que se esvaiu o sentimento despedaçado na dor da nossa despedida. Mesmo assim, não me contive à sua existência que até hoje perdura em mim. E é tão grande.
Queria que de alguma forma sentisse que te sinto, mas, talvez por isso deva ver o que eu não vejo, erguendo forças que as quais eu perdi, pra ainda continuar lutando por nós. Lembro de ti quando me atingiu tão forte e encheu-me de alegria que transbordava no meu ser. Foram bons momentos aqueles, em que me ensinava e pude aprender que és tudo e inexplicável, e não era preciso nenhuma licença para estar comigo pois fizeste digno da honra de ser o dono da casa.
Hoje, não se apresenta em demasia, mas não se extinguiu por está longe de mim. A verdade é que tem me incomodado cuidá-lo sozinha e necessito de uma companhia de forma exagerada e urgentemente. Ensinou-me o dom de compartilhar que agora me vejo com a obrigação de tê-lo dividido visto que esta é a melhor forma de amar.
Das muitas cartas que te escrevi, esta foi a que me senti melhor apesar da dor que se cria quando penso em nós. Talvez seja um trecho de um sonho bom, que talvez comece logo ou termine de vez essa agonia. O amor é algo tão bonito que mesmo dividido transborda! E dessa vez quero me afogar completamente, demasiadamente em ti.
Evelyn Dias